Dra. Vanessa Salgado, dermatologista, atende em seu consultório na Barra da Tijuca.
Atende principalmente dermatologia clínica, ácido hialuronico, peeling, fios pdo e sculptra.
Não. Vários estudos já demonstraram que o chocolate não causa espinhas. Não existe alimento que cause espinhas. Aliás, a única relação comprovada entre um alimento e uma doença de pele específica é geralmente desconhecida do leigo. Trata-se de uma doença de pele relativamente incomum chamada dermatite de Duhring Brocq, na qual o paciente tem uma intolerância ao glúten (biscoitos, macarrão, bolachas, bolos, etc.).
A indústria de cosméticos e produtos de beleza criou essa ilusão de que para manter a pele sadia necessita-se de uma série de produtos específicos. Poderíamos dizer a grosso modo que, de todos os produtos disponíveis para tal fim, apenas o protetor solar tem uma FRACA evidência de que seria realmente importante para a manutenção da saúde da pele. Até hoje, por exemplo, não está completamente provado que ele seja capaz de prevenir o surgimento do câncer de pele. Tudo indica que ele pode ser um coadjuvante eficaz neste sentido, mas que não tem efeito isolado no sentido de proteger a pele deste mal.
A Skin Cancer Foundation dos EUA já se posicionou oficialmente contra o bronzeamento artificial justificando que grandes doses de ultravioleta A (UV A), usadas com finalidade estética ou não, podem causar câncer de pele. A propaganda de que apenas a ultravioleta B é a única causadora do câncer de pele e que não estaria sendo emitida pelas câmaras de bronzeamento, as quais somente liberariam UV A, é enganosa. Tanto UV A quanto UV B são causa do câncer de pele. E as câmaras de bronzeamento produzem uma radiação UV A muito mais concentrada do que a radiação natural.
Isso é crença popular. Se você tiver apenas um furúnculo e for diagnosticado e tratado corretamente, não vai precisar ter outro. Fica curado
Com a proximidade do verão, vem aí mais uma campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, de prevenção do câncer de pele. Neste bloco falaremos um pouco sobre isso especificamente.
O câncer de pele é o câncer mais comum do ser humano. A Sociedade Brasileira de Dermatologia anualmente lança uma campanha de prevenção, antes de cada verão, no sentido de alertar as pessoas para os sinais que podem representar um possível câncer de pele. Orientações também são difundidas buscando orientar sobre a melhor forma de conviver com a exposição solar, ou seja, a principal causa do problema.
Existem muitos tipos diferentes de câncer de pele, mas 4 deles são bem mais freqüentes que o resto. Em ordem decrescente de freqüência são eles: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, melanoma e o dermatofibrossarcoma. Os sinais de cada um podem ser diferentes. O carcinoma basocelular, disparado o mais comum deles, surge geralmente na face, mas pode ocorrer também no tronco. Uma ferida que não cicatriza, o surgimento de uma lesão tipo uma "verruga" ou "pinta sem cor" podem ser um sinal. O carcinoma espinocelular surge geralmente em pessoas mais idosas, acima dos 60 anos, mas pode ser ocorrer em pessoas mais jovens. Geralmente é precedido por lesões chamadas "ceratoses" que são umas "casquinhas" na pele exposta ao sol, que recorrem depois de retiradas com a unha. Estas "casquinhas" podem se transformar no carcinoma espinocelular. Outra forma comum de aparecimento é uma ferida que dá no lábio inferior e que não cicatriza. No caso do melanoma, ele é percebido como o surgimento de uma "pinta" que a pessoa não tinha antes, ou mesmo a modificação de uma pinta que a pessoa já possuía. Quanto maior o número de pintas que uma pessoa tem, maior pode ser sua chance de desenvolver um melanoma. Estas pessoas muito pintadas devem procurar um médico ou dermatologista que as oriente corretamente. E por último o dermatofibrossarcoma. Ele é bem mais raro que os outros três e pode ser confundido no início com uma cicatriz. Cicatriz que surge sem história prévia de machucado, procure um dermatologista. Às vezes o dermatofibrossarcoma pode se assemelhar a um quelóide.
Talvez a melhor dica seja: tem dúvida sobre uma pinta que surgiu, uma ferida que não cicatriza, uma "casquinha" que não desaparece, ou uma cicatriz que surgiu sem ferimento prévio, procure um dermatologista.