Você é aquele tipo de pessoa que se sente perdido quando está sem o seu celular? Em uma rodinha de amigos ou familiares, não perde a oportunidade de dar aquela olhadinha na tela? Ou então sente-se muito ansioso para verificar a todo tempo as atualizações do whatsapp?
O assunto é delicado, eu sei, ninguém vive mais sem celular! Mas o problema está no uso indiscriminado, de forma inadequada, que faz você deixar de lado momentos de diálogo e diversão entre amigos e familiares. Quando tira a sua atenção do trabalho ou estudos e até mesmo te distrai no trânsito.
Faça uma autoanálise: quando você faz uma publicação nas redes sociais sempre quer ficar conferindo quantas curtidas ou compartilhamentos teve? Já reparou que com o tempo você começa a viver em função da sua "vida virtual" ?
Estudos mostram que essa prática nociva para a saúde mental tem aumentado as crises de ansiedade e doenças mentais. O indivíduo tem dificuldades de se socializar e pode até levar a um quadro de depressão ou a “Nomofobia”, o medo irracional de estar sem o aparelho celular.
Esse tipo de fobia dos tempos modernos acontece quando o indivíduo não está com o celular nas mãos ou por perto e sente-se irritado, angustiado e ansioso, podendo levar algumas vezes a ataques de pânico.
Atenção aos sinais da Nomofobia: incapacidade de desligar o aparelho, checar notificações repetidamente, ficar obcecado com a duração da bateria, sofrer se não houver acesso à internet, exibir esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da Internet ou mentir aos outros a respeito da quantidade de horas conectadas.
O problema não afeta apenas o aspecto psicológico, mas também físico. Geralmente a pessoa perde o interesse por outras atividades e acumula para si fadiga e sedentarismo. Dores musculares por ficar em uma mesma posição, distúrbios do sono e problemas oculares também são muito comuns.
As crianças, muitas vezes por ingerência dos pais, também são vítimas desse mal, já que nessa era tecnológica muitas delas crescem com um tablet ou celular na mão e não querem saber de brincar, correr ou pular com os amigos em um parque, pois preferem a realidade virtual.
Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), crianças de até 5 anos não devem passar mais de 60 minutos por dia em frente a uma tela. Quando se trata de bebês de até 12 meses, a recomendação é de não haver uso de eletrônicos.
Esse vício ou dependência digital acaba nos afastando da nossa real essência, fazendo-nos esquecer da importância de momentos em família, bate papo entre amigos ou mesmo um tempo livre, contemplando a natureza.
No mundo globalizado em que vivemos é quase impossível não estar conectado, mas é possível sim ter tempo também para descansar, repor as energias e conectar-se consigo mesmo. Afinal, quando é que conseguimos olhar o nosso próprio carregador interno?