A osteoartrose ou osteoartrite ou artrose são termos usados como sinônimos, é uma doença causada pelo desgaste da cartilagem articular, cuja função é evitar o atrito entre os ossos de uma articulação e amortecer o impacto produzido pelo esforço físico ou pelos movimentos. É a doença articular mais frequente em todo o mundo.
Este desgaste ocorre gradualmente, sendo um processo natural do envelhecimento, pode ser dividida em primaria e secundária. A primeira de etiologia desconhecida, a segunda tem causas variadas como infecções, após lesões por traumas, movimentos repetitivos, alterações anatômicas congênitas, distúrbios metabólicos, como na hemocromatose, em que há excesso de ferro depositado na articulação e doenças que lesionam a cartilagem como na gota, devido o deposito de cristais do acido úrico e na Artrite reumatoide.
Parece ocorrer alguma influência genética/ hereditária nesta doença. Significando uma maior predisposição em quem tem histórico familiar em algumas articulações como mão e joelhos do que em quem não tem nenhuma história.
Ocorre em ambos os sexos, normalmente nas mulheres no pós-menopausa, em torno dos 45-50 anos de idade e nos homens depois dos 60 anos, se não houverem outras causas associadas.
É uma causa frequente de dor, levando a limitação funcional e incapacidade ocasionando considerável perda da qualidade de vida do indivíduo acometido. Seu impacto socioeconômico é importante, já que é uma das mais importantes
causas de absenteísmo ao trabalho, além de gerar altos custos com assistência social e até em tratamentos cirúrgicos, nas formas avançadas.
A obesidade atualmente apresenta como fator importante de comorbidade elevando a carga suportada pelas articulações aumentando a sintomatologia e a incapacidade, sendo mais atingidas coluna lombar, quadris, joelhos e pés.
A profissão é considerada também fator importante em determinados casos, como em atletas de alto rendimento sendo frequentes: coxartrose, artrose de joelhos, coluna lombar, devido traumas repetidos.
Os principais sintomas da osteoartrose são dor, rigidez matinal de curta duração, limitação de movimento e, nas formas mais graves, instabilidade da articulação acometida.
Os principais sinais variam de acordo com o local acometido e a gravidade da doença normalmente se observam o aumento do volume articular, presença de crepitações à mobilização, limitação à movimentação passiva/ativa e atrofia muscular. Menos frequentemente, podem haver sinais inflamatórios e nas formas mais graves, deformidades.
O diagnóstico clínico baseia-se nestes sinais e sintomas e exames complementares incluem desde laboratoriais como taxas de acido úrico e provas de atividade reumáticas, punções articulares até de imagens como radiografias simples a tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas.
Dentro da terapia não medicamentosa, a fisioterapia tem grande importância tanto na analgesia, como na preservação dos movimentos articulares e fortalecimento muscular adjacente reduzindo a sobrecarga intra-articular.
A atividade física também desde que tenha adequada orientação e acompanhamento especializado, mantendo a flexibilidade articular e retardando a evolução da doença e ainda estimula a liberação de um analgésico natural chamado de endorfina. Nas crises algicas o repouso é indicado.
O recurso medicamentoso vai atualmente desde analgésicos simples com uso de medicações como paracetamol e dipirona geralmente nos quadros mais leves e iniciais, evoluindo em uma escala de dor para anti-inflamatórios de variadas substâncias, até analgésicos opioides como codeína, tramadol, oxicodona, morfina e associações, até procedimentos mais invasivos como infiltrações intra-articulares com corticoides e analgésicos e substâncias viscos suplementadoras visando a reposição do fluido sinovial com acido hialurônico injetável.
Os chamados agentes condroprotetores seriam substâncias que supostamente protegeriam a cartilagem durante o curso de doenças destrutivas articulares, atualmente os mais utilizados seriam a diacereína, glucosamina, associada ou não com a condroitina e os colágenos tipo II e I e insaponificáveis de abacate e soja.
O tratamento cirúrgico é indicado quando não há resposta com os tratamentos clínicos, indicado nos pacientes que apresentem sintomas dolorosos moderados a intensos e/ou com comprometimento funcional. Os mais comuns são a artroscopia, osteotomia, artroplastia e artrodese.
Anteriormente era considerada uma doença irremediável e incurável, atualmente com novos estudos e desenvolvimento de novas terapias
associado a atividade fisica individualizada se consegue pelo menos retardar o processo evolutivo e assegurar um melhor qualidade de vida para o individuo.