Cirurgia Ortognática Minimamente Invasiva: um novo conceito, um novo paradigma.
A Cirurgia Ortognática é um procedimento utilizado para corrigir alterações de crescimento dos maxilares, conhecidas como anomalias ou deformidades dento-faciais. Ou seja, corrige a forma, o tamanho e posição dos maxilares, corrigindo problemas de respiração, mordida e desarmonias estéticas da face. Alguns exemplos dessas deformidades: 1) retrognatismo mandibular ocorre em pessoas de pouco “queixo”; 2) prognatismo mandibular ocorre quando o “queixo” é mais proeminente; 3) padrão face longa ocorre em pessoas com exposição excessiva da gengiva ao sorrir e possuem dificuldade de fechar os lábios sem forçar a musculatura; 4) padrão face curta ocorre em pessoas que apresentam pouca exposição dos dentes ao sorrir e apresentam um aspecto envelhecido da face; 5) assimetrias faciais, pessoas com a face “torta”, e o lado direito da face é muito diferente do lado esquerdo.
Uma cirurgia minimamente invasiva caracteriza- se não só por apresentar incisões (cortes) menores, mas por gerar menor agressão aos tecidos do corpo e menor dano interno. Dessa forma, a cirurgia minimamente invasiva é uma tendência mundial nas diversas especialidades cirúrgicas e apresenta grande aceitação dos pacientes em função dos benefícios oferecidos.
A Cirurgia Ortognática Minimamente Invasiva tem como objetivo a máxima preservação da anatomia com a mínima agressão ao organismo, mas suficiente para resolver as deformidades dento-faciais, sem perder o resultado a longo prazo. Os vários benefícios são: motricidade oral e da face maior e imediata, ou seja, maior mobilidade da musculatura envolvida na mímica facial, menores taxas de complicações, menor edema pós-operatório, recuperação mais rápida, alta hospitalar precoce, menores taxas de parestesia da face e lábios (formigamento), retorno mais rápido das atividades habituais e maior conforto do paciente.
No contexto da máxima recuperação em menor tempo, o conceito da Cirurgia Ortognática Minimamente Invasiva vem se estabelecendo fortemente, baseado,
principalmente em 4 aspectos: menores incisões e acessos, otimização e customização do material de fixação e modificação das osteotomias nos maxilares. Mas esses são aspectos importantes para os cirurgiões e não para os pacientes: o importante para os pacientes é saber se o profissional que escolheu possui uma boa experiência com Cirurgia Ortognática e se está evoluindo e se aprimorando com essa nova tendência. Assim como em outras especialidades cirúrgicas, a evolução técnica é sempre em busca de alternativas que visem o conforto e melhor pós-operatório para o paciente.