Atualmente é comprovado que a vida sexual tem grande importância para os seres humanos em relação à função cardiovascular, respiratória, digestiva e urinária. Apesar disso, ela tem uma particularidade: se o sexo acabar, ninguém vai morrer. Ou seja, sua ausência não é fatal. Talvez por essa condição, o homem tem tendência a não dar a devida importância a um problema que comprometa seu desempenho sexual. Com o tempo, passa a se automedicar ou achar que tudo vai melhorar como em um passe de mágica. Se a solução demora a chegar, logo vem o desequilíbrio emocional com a perda da autoestima, sentimentos de inferioridade, insegurança e o terrível medo de falhar novamente. Esse medo coloca o homem em um estado de ansiedade que é responsável por uma secreção excessiva de adrenalina pelo cérebro. A adrenalina é uma substância que inibe a ereção, pois leva os músculos e artérias do pênis a se contraírem diminuindo a entrada de sangue.
A automedicação
Automedicar-se só piora o quadro de disfunção erétil. No início os remédios podem até mascarar o problema, mas com tempo continuarão sem respostas as principais questões como: qual é o meu problema? De onde vem? Por que preciso de remédios? Quais são seus efeitos colaterais? O meu problema é grave? Tem cura? Vou ficar dependente? Só vou conseguir com o remédio? O uso desse medicamento pode ser fatal? O que ela vai pensar sobre eu usar remédios para o sexo? E se o remédio não funcionar? Quem devo procurar? Quando um paciente procura um profissional, por qualquer que seja o motivo, ele espera que haja interesse no seu problema, que o médico procure saber as circunstâncias que o levaram até este ponto e encontre um bom caminho para a resolução da situação. Com a saúde sexual isso também tem que ocorrer.
Outras complicações
Falhar repetidamente vai acarretar na perda da motivação sexual e diminuição do desejo pela parceira. Mesmo após o tratamento da causa orgânica, o componente psicológico poderá perdurar e dificultar ainda mais a resolução do caso. O melhor a se fazer é procurar ajuda o mais cedo possível para que um pequeno problema não se torne, com o tempo, algo de difícil solucionar. A mulher tem papel fundamental para reverter esse quadro. É necessário que ela incentive o marido a procurar um profissional preparado para atendê-lo e, principalmente, escutá-lo. Muitas vezes o desempenho já começa a melhorar ao revelar a situação para o médico, que tem a sensibilidade para entender o caso e, sobretudo, conferir ao paciente a segurança de que esta situação é perfeitamente compreensível e reversível. É necessário esclarecer de pronto que a ereção pode sim ser perdida durante um período, mas existe a possibilidade real de recuperá-la com ajuda profissional.
Qualidade de vida
A sexualidade é um aspecto essencial no relacionamento de um casal e, por isso, um impacto significativo na qualidade de vida. Diversos estudos apoiam a teoria de que o sucesso do tratamento da disfunção erétil melhora a autoestima e a autoconfiança, bem como as relações interpessoais. O sexo faz bem para a saúde, deixa as pessoas mais bem-humorados e ainda fortalece a relação do casal. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, uma boa qualidade de vida implica num conjunto de quatro fatores: família, trabalho, lazer e sexo. Infelizmente, muitos homens demoram para procurar ajuda, pois acreditam que suas dificuldades de ereção não são um problema real de saúde. Porém, a disfunção erétil é certamente um problema de saúde sobre o qual todo homem pode tomar alguma atitude.