Ser um gordinho saudável, seria realmente possível?

Ser um gordinho saudável, seria realmente possível?
Ser um gordinho saudável, seria realmente possível?

Sabe aquela história de “gordinho saudável” que muito se ouve falar? Infelizmente os estudos comprovam que isso não é real, e essa historia caiu por terra.
Até algum tempo afirmava-se que indivíduos “metabolicamente compensados”, ou seja, sem doenças associadas à obesidade, poderiam ser considerados saudáveis, e pessoas que são fisicamente ativas teriam condicionamento cardiorrespiratório de moderado a alto e então poderiam contrabalançar as consequências negativas da obesidade. Mas essa afirmação sempre foi discutida, e hoje existem inúmeros estudos que comprovam que ter uma quantidade de gordura corporal aumentada não é saudável e pode pré dispor a diversas doenças e maior risco de morte.
Para se ter uma idéia, o sobrepeso já é uma condição que predispõe à obesidade, que é uma doença, portanto, o indivíduo pode naquele momento específico não apresentar alterações laboratoriais, mas ainda assim ele está doente, devido a quantidade aumentada de tecido gorduroso. Da mesma forma, pode-se NÃO apresentar nenhum problema metabólico aparente, como
diabetes, colesterol elevado e pressão alta, porem as pessoas obesas (IMC — Índice de Massa Corpórea — entre 30 e 35) ou com sobrepeso (IMC entre 25 e 30) têm maior risco de morte prematura causada por problemas súbitos como o infarto, quando comparados aos que estão dentro do peso, ou com um percentual de gordura adequado.
É importante saber que ter uma composição corporal inadequada traz sim, inúmeros problemas relacionados a saúde, o excesso de gordura, está diretamente ligada ao processo inflamatório, que é uma resposta de defesa do organismo a alguma condição nociva e prejudicial presente no corpo.
A gordura em excesso, com destaque para a visceral, aquela que está dentro da região abdominal entre os órgãos, secreta substâncias consideradas pró-inflamatórias, que são denominadas adipocinas (proteínas), como a leptina, o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a interleucina-6 (IL-6) e também o PAI-1, que forma trombos ou coágulos isso pode não ser visto em alguns exames de rotina, mais é fato que o Tecido gorduroso é ativo e inflamado, e essa inflamação, compromete diretamente funções metabólicas, como alterações nos hormônio que controlam a saciedade, aumento do apetite, aumento do acúmulo de gordura, diminuição da perda de peso, aparecimento de desordens
estéticas como celulite, acne, queda de cabelo, psoríase e ainda leva a danos no DNA que podem ser passados para os filhos, e também abre caminho para doenças como: aterosclerose, infarto, hipertensão, diabetes, câncer, depressão, apnéia do sono, depressão, entre outros.
Vale entender que a gordura inflama e gera uma espécie de cicatriz celular, tornando-a incapaz de absorver calorias como deveria, o que provoca o desvio dessas gorduras para os órgãos vitais, como fígado e coração. Esse quadro provoca um círculo vicioso: ganho de peso gera inflamação – que gera mais ganho de peso – que gera inflamação – que gera resistência à insulina – que gera mais inflamação – que gera mais ganho de peso.
Além de todos esses pontos negativos, os quilos a mais na balança, também provoca cansaço, desânimo, falta de fôlego nos exercícios (mesmo que leves), baixo rendimento nas atividades diárias e diminuição da autoestima. E quando não tratada corretamente entra em outro círculo vicioso: sedentarismo e mais ganho de peso e mais inflamações.
Diante disso, a Nutrição considera que o controle do processo inflamatório associado à obesidade é tão ou mais importante do que o controle do peso Então para “desinflamar”, é preciso evitar os fatores de risco que levam a essa condição. A alimentação é a base, porem mudar o estilo de vida também é essencial para sair desse ciclo.
Manter-se no peso adequado não é apenas uma questão estética, mas sim de saúde. Os quilinhos a mais são um alerta de que pode se tornar uma condição mais grave no futuro.
Procurar ajuda de um profissional Nutricionista faz toda diferença, pois trabalhamos a individualidade e entendemos sua composição corporal, assim é possível traçar estratégias alimentares que serão realmente eficazes no processo de controle de peso ou redução de gordura. Cuide-se!

Texto escrito por:
Paula Gusmão
Nutricionista
Maringá / PR

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