Alguns motivos para resolução da calvície no Brasil
Por Dr. Tulio Martins Cirurgião Plástico CRM 5295524-8 RQE 30161
A calvície afeta cerca de metade dos homens até os 50 anos de idade, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Aproximadamente 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície, sendo uma quantidade expressiva de jovens com idade entre 20 e 25 anos que estão sofrendo com a queda de fios. Nessa faixa etária, 25% das pessoas são afetadas com a perda de cabelo, estimulados por problemas emocionais e genéticos.
Isso acontece com grande contribuição da genética, ou seja, se já existem casos na família em que os pais ou avós, por exemplo, são calvos, outras gerações podem passar pelo mesmo processo, porém, é importante entender que a hereditariedade contribui muito, mas nem sempre é um fator determinante.
O tratamento para calvície evoluiu muito nos últimos anos, tanto o medicamentoso como o cirúrgico, e eles se complementam para alcançar melhores resultados.
Atualmente com a retirada e implantação das unidades foliculares que podem ter de 1 a 4 fios, tanto pela técnica FUE (Follicular Unit Extraction) como FUT (Follicular Unit Transplantation), resultados extremamente naturais são alcançados com o mínimo de cicatriz e de fácil retorno às atividades cotidianas.
A técnica FUE, mais popular atualmente nas redes sociais, consiste na retirada manual, por máquinas ou até robôs de cada unidade folicular na região posterior e lateral da cabeça. Esse folículo é avaliado em microscópio e depois transplantado um a um para a área calva.
A FUT, técnica mais antiga e ainda muito utilizada, consiste na retirada de uma pequena tira de couro cabeludo da região posterior da cabeça, que é fechada delicadamente e com cicatriz praticamente imperceptível. Essa tira de cabelo é dividida em unidades foliculares e implantadas da mesma forma que na FUE. A única diferença seria a retirada. Ambas se complementam e podem ser usadas juntas (técnica híbrida) ou de acordo com indicação de cada caso.
Além disso, cada vez mais tem ganhado espaço o Body Hair Transplant (BHT), onde são extraídas unidades foliculares da barba, tórax e abdome para complementar casos que a área doadora na parte posterior e lateral da cabeça é escassa e assim evitar falhas no couro cabeludo.
Existe um grande apelo comercial nas redes sociais para transplante capilar em outros países, como na Turquia, porém está mais do que comprovado que no Brasil temos médicos cirurgiões plásticos e dermatologistas credenciados na ABCRC (Associação Brasileira de Cirurgia de
Restauração Capilar) que é ligada diretamente na SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e são extremamente habilitados para tais procedimentos, trazendo tudo o que tem de mais novo e atual no mundo para tratamento adequado da calvície.
Esse fenômeno de divulgação de transplante capilar fora do Brasil é motivo de grande preocupação por inúmeros fatores. O risco de se realizar uma cirurgia fora sem um seguro de saúde adequado em caso de emergências, risco de infecções (procedimentos muitas vezes realizados em clínicas com pouca higiene). Não se sabe quem realmente realiza esses transplantes (técnicos?). Muitas vezes são utilizados instrumentos grandes (punchs) de retirada que causam cicatrizes maiores e sequelas irreversíveis. Enfim, inúmeros riscos em uma atividade obscura que não compensam a viagem, aliados ao período de pandemia que vivemos, onde as viagens estão cada vez mais difíceis.
Dr. Tulio Martins
Cirurgião Plástico
CRM 5295524-8
RQE 30161
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
Membro da Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC)