Quase todos nós já ouvimos falar em pessoas que não querem nem pensar na ideia de assumir relacionamentos. Porém, mais do que um simples apego à vida de solteiro, em alguns casos, essa aversão toma grandes proporções e transforma-se em um transtorno de ansiedade chamado Gamofobia.
A Gamofobia significa literalmente "medo do casamento": um pavor mórbido, irracional, desproporcional e persistente à ideia de casar-se ou a qualquer assunto relacionado a este tema.
Pessoas que sofrem de Gamofobia não se sentem preparadas para qualquer tipo de concessão ou renúncia, e costumam ter a vida muito afetada por este medo, que as tornam profundamente avessas a qualquer relacionamento sério.
Como qualquer outra fobia, a Gamofobia é considerada uma patologia psicológica, que se manifesta também com sintomas físicos, como boca seca, aumento da frequência cardíaca, sudorese, náuseas, enxaqueca, irritações cutâneas e até mesmo crises de pânico ou estados de ansiedade prolongados.
A Gamofobia costuma estar associada a experiências negativas anteriores vividas pela pessoa e ao medo da perda de identidade e do controle sobre a própria vida. Esta visão distorcida costuma levar ao rompimento de relacionamentos, mesmo quando este não é o seu desejo. É um quadro de sentimentos antagônicos, com grande sofrimento emocional dos envolvidos.
O diagnóstico da Gamofobia não costuma ser fácil. Questões culturais levam as pessoas a confundir a doença com o medo, comum, de relacionamentos. E, diferente do que se imagina, essa não é uma fobia exclusivamente masculina. Tanto homens quanto mulheres podem ser gamofóbicos.
O acompanhamento de um psicólogo é fundamental para ajudar na compreensão do medo e na administração das emoções que o envolvem. A psicoterapia pode levar a pessoa a desenvolver a segurança necessária para poder se relacionar de forma saudável sempre que desejar - tendo nas relações uma fonte de felicidade, em vez de angústia, perda e dor.