Miomas uterinos são tumores benignos, que atingem cerca de 40 a 80% das mulheres e que possuem o risco de malignidade muito baixo. A vertente maligna desses miomas são os sarcomas, tipo de tumor maligno raro e que geralmente está associado a grandes massas, com rápido crescimento e com metástases já no momento do diagnóstico.
Na maioria dos casos, os miomas uterinos surgem sem apresentar nenhum tipo de sintoma, mas quando estes estão presentes, as pacientes podem relatar fluxo menstrual intenso (com duração maior do que uma semana), dor ou pressão na pélvis, incontinência urinária, constipação, dor nas costas e nas pernas, além de dificuldade para engravidar. A partir da identificação de qualquer um desses sintomas, é extremamente importante buscar a ajuda de um ginecologista.
Entenda mais sobre os principais tipos de miomas uterinos, diagnóstico e tratamento desses tumores benignos a seguir:
Existem três tipos de miomas uterinos, que podem se desenvolver na parte externa do útero, na cavidade uterina, ou entre as paredes do útero. São eles:
- Mioma subseroso: Localizado na parte de fora das paredes do útero, os principais sintomas desse tipo de mioma são dor pélvica, aumento do volume abdominal e compressão dos órgãos abdominais. Esse tipo de mioma não provoca sangramentos.
- Mioma intramural: Localizado entre as paredes do útero, os principais sintomas desse tipo de mioma são dor pélvica, aumento do volume abdominal e compressão dos órgãos abdominais, assim como no mioma subseroso. Quando esse tipo de mioma adentra a cavidade uterina, pode causar sangramento transvaginal excessivo e dificuldade para engravidar.
- Mioma submucoso: Localizado na região interna do útero, os principais sintomas desse tipo de mioma são dor pélvica, sangramento fora do período menstrual e aumento do fluxo menstrual. Os miomas submucosos são os principais responsáveis pela dificuldade de engravidar, bem como pelo aumento das chances de abortamento.
Os miomas podem ser identificados e tratados através dos exames de rotina com o ginecologista, sendo extremamente importante que a mulher busque ajuda do especialista ao identificar qualquer um dos sintomas citados ao longo deste texto.
O diagnóstico e identificação dos miomas uterinos é feito pelo ginecologista através de exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, que possibilitam avaliar a cavidade do útero e detectar a presença de um mioma.
Caso os miomas uterinos sejam detectados e a paciente possua o desejo de engravidar ou apresente sintomas intensos, é importante manter o acompanhamento com o ginecologista, iniciando o tratamento mais adequado.
O tratamento dos miomas uterinos tem como objetivo promover o controle dos sintomas, principalmente quando estes são intensos, provocando dor exacerbada, fluxo menstrual abundante ou quando a paciente vem realizando diversas tentativas de engravidar sem sucesso.
Os principais tipos de tratamento para os miomas uterinos são:
- Tratamento medicamentoso: Com o uso de alguns medicamentos é possível aliviar o sintomas e reduzir de forma temporária a incidência, assim como a proliferação dos miomas. Entretanto, nenhum medicamento é capaz de diminuir de forma permanentemente um mioma.
- Miomectomia: Cirurgia para retirada dos miomas, mas que mantém o útero preservado, possibilitando que a paciente possa planejar futuras gestações. A Laparoscopia é a técnica mais indicada para realização da miomectomia.
- Histerectomia: Cirurgia que consiste na retirada do útero por via laparoscópica, por via abdominal ou por via vaginal. A histerectomia somente é indicada em casos onde nenhuma das outras opções de tratamento apresentou os resultados esperados.
Os miomas uterinos estão entre as causas mais comuns de infertilidade, pois distorcem a cavidade endometrial, gerando dificuldades para implantação do óvulo e de complicações na gestação.
Contudo, se no passado os miomas uterinos eram sinônimo de infertilidade, hoje, através do amplo arsenal terapêutico que o ginecologista dispõe é possível extrair os miomas sem cortes abdominais, de forma eficiente e minimamente invasiva possibilitando assim futuras gestações.
Basicamente, o ginecologista dispõe de duas possibilidades de tratamento:
- Miomas “Fora da cavidade”: São realizados 3 cortes abdominais de 1 cm e através da laparoscopia, os miomas são retirados.
- Miomas intracavitários: É possível retirá-los por meio da histeroscopia por via vaginal, sem a necessidade de cortes abdominais. Além disso, a paciente recebe alta no mesmo dia.
Por fim, ressaltamos a importância de realizar exames de rotina com um ginecologista, a fim de investigar a possível presença de miomas e caso eles sejam detectados, iniciar o tratamento mais adequado. Logo, ao apresentar qualquer um dos sintomas citados ao longo desse texto, entre em contato e agende uma consulta para que possamos avaliar o seu caso.