A hipertensão crônica é um problema comum durante uma gestação, afetando cerca de 2% das futuras mamães em todo o mundo. A doença é caracterizada pelo aumento da pressão arterial e caso o problema não seja controlado de forma adequada, pode comprometer a saúde da mãe e do bebê, aumentando em até cinco vezes o risco de pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, parto prematuro, insuficiência cardíaca, AVC, edema pulmonar e o risco de morte materna.
Portanto, uma vez diagnosticada, a futura mamãe não deve negligenciar o problema, mas buscar a ajuda de um especialista, a fim de iniciar um acompanhamento pré-natal rigoroso, garantindo que a gestação ocorra de forma tranquila e segura. São consideradas hipertensas mulheres com valores de pressão arterial acima de 140/90 mmHG.
A hipertensão arterial na gravidez pode ser classificada das seguintes maneiras:
- Hipertensão crônica pré-existente: a hipertensão pré-existente é aquela que já existia antes do início da gestação, ou que é diagnosticada antes da 20 ª semana de gravidez, indicando que o problema já existia antes da gestação.
- Pré-eclâmpsia: A pré-eclâmpsia consiste no aumento da pressão arterial após a 20° semana de gestação, sendo um problema que surge acompanhado da perda de proteínas pela urina, da queda do número de plaquetas no sangue ou de problemas do sistema nervoso central, renais e hepáticos.
- Pré-eclâmpsia associada à hipertensão crônica: Desenvolve-se quando a pré-eclâmpsia afeta mulheres que já estão hipertensas antes da gestação.
- Hipertensão gestacional: Trata-se de uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial após a 20 ª semana de gestação, sem qualquer outro sintoma sugestivo de pré-eclâmpsia. Geralmente, o problema desaparece entre 1 ou 2 semanas após o parto.
A hipertensão arterial na gravidez é um problema com causas multifatoriais, normalmente provocada por uma alimentação desequilibrada, rica em sal, somada às mudanças que ocorrem no organismo, comuns à gestação. Fatores como estresse e sedentarismo também podem influenciar no surgimento da doença.
Nos casos de hipertensão leve a moderada na gravidez, o tratamento consiste no controle da pressão arterial, por meio de uma dieta equilibrada, pobre em sódio. Já nos casos mais graves, quando não é possível controlar a hipertensão apenas por meio da alimentação, podem ser receitados medicamentos anti-hipertensivos, que não exponham o bebê e a gestante a riscos.
Lembre-se: Você jamais deve se automedicar sem a orientação do seu cardiologista.