A falta de cuidado e atenção dos brasileiros em relação às doenças cardiovasculares, infelizmente, é um problema antigo e que vem preocupando cada vez mais os especialistas. Uma pesquisa realizada em 2020 apontou que aproximadamente 4 em cada dez brasileiros nunca passaram por uma consulta com cardiologista. Além disso, aqueles que disseram já ter se consultado com esse especialista, relataram que a consulta teria ocorrido há mais de um ano.
Esse problema ficou ainda mais grave durante o auge da pandemia da Covid-19. Em 2020, um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD) revelou que os brasileiros deixaram de procurar ou evitaram, ao máximo, algum tipo de atendimento médico por conta da epidemia, provocada por um vírus tão fatal e ao qual pouco compreendíamos.
O medo de contágio e o temor de aglomerações foram citados pelos entrevistados como os principais motivos que intensificaram esse comportamento de alto risco, afinal, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), uma média de 400 mil brasileiros vão a óbito anualmente por conta de alguma doença no coração.
O cruzamento desses dois fatores, pandemia e maus hábitos de vida, hoje refletem na saúde da nossa população, já que a prevenção foi deixada de lado, causando um impacto inevitável, principalmente nos pacientes com doenças crônicas e que necessitam de constante monitoramento.
A principal forma de evitar doenças ou problemas cardíacos consiste no combate aos fatores de risco. Pacientes que apresentam cardiopatias devem seguir o tratamento adequado, além de estar em dia com todas as doses de vacinas para o Covid-19. Outro fator de risco para doenças cardiovasculares é a obesidade, uma doença que se tornou ainda mais preocupante devido ao novo estilo de vida adotado durante a pandemia.
Atualmente, estamos aos poucos voltando à normalidade. Sendo assim, chegou a hora de se consultar novamente com um especialista e se você nunca se consultou com um cardiologista, tenha as informações citadas acima como um alerta e procure ajuda médica. A prevenção também é uma forma de tratamento.