A endometriose profunda é considerada a forma mais grave da endometriose, que ocorre quando partes do endométrio deixam o interior da cavidade uterina e se aderem à parede abdominal, provocando dor intensa e lesões graves. Além disso, a endometriose profunda pode desregular os ciclos menstruais, provocar dificuldades para urinar, sangramento anal no período menstrual, dispareunia, levar a infertilidade feminina e tornar-se crônica.
Não há consenso sobre as causas da doença, mas alguns estudos a associam ao fluxo menstrual intenso, assim como ao uso do anticoncepcional e a alguns hábitos de vida, como, por exemplo, o consumo excessivo de álcool ou cafeína, que também podem agravar o quadro de endometriose. Em contrapartida, hábitos como praticar atividades físicas podem diminuir as chances de desenvolver a doença.
Os principais sintomas da endometriose profunda são:
O diagnóstico é baseado na avaliação dos sintomas descritos acima, acompanhados da realização do exame físico e de exames de imagem, como os exames de ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética pélvica, por exemplo.
Após estabelecer o diagnóstico, o ginecologista dá início ao tratamento por duas vias: clínica ou cirúrgica. No tratamento clínico, podem ser utilizados métodos hormonais, como as pílulas de estrógeno e progesterona, o anel vaginal e os análogos de GnRH, sendo este último utilizado apenas por curto período de tempo, devido aos possíveis efeitos colaterais que pode provocar. O tratamento tem por objetivo amenizar a dor, bem como os outros sintomas da doença.
Quando o tratamento clínico não apresenta o efeito desejado, o tratamento cirúrgico realizado através da videolaparoscopia pode ser indicado. O objetivo é remover todas as lesões identificadas, devolvendo os órgãos pélvicos à sua anatomia normal.