A mamoplastia de aumento é um procedimento cirúrgico, realizado por cirurgiões plásticos que tem por objetivo a inclusão de um implante (prótese) para aumento das mamas. Os implantes são feitos de um composto de silício e oxigênio chamado de Silicone (é isso mesmo, o mesmo silício que faz vidro e chips de computador). Os implantes, no Brasil, são posicionados pelo cirurgião através de umas das seguintes incisões na pele: Periareolar inferior – beirando a metade inferior da aréola – ou Infra-mamária – na linha abaixo da mama – Transareolo-mamilar – cortando a aréola e o mamílo no meio – ou Axilar – uma incisão na axila, beirando o músculo peitoral; podendo ficar atrás ou à frente do músculo peitoral.
Existem diversos tipos de implantes mamários, variando-se a forma (redondo, cônico ou anatômico), a altura do perfil (perfil alto ou baixo ou extra projeção) o tipo de material que preenche o implante (silicone líquido, gel coeso de silicone) ou a tipo de superfície do implante (lisa, texturizada ou com poliuretano).
Mas como se indica qual prótese é a melhor, para cada paciente. Normalmente, os cirurgiões têm uma prótese de eleição, aquela que ele gosta mais de trabalhar e que ele consegue os melhores resultados e normalmente é essa que ele indica para a maioria das pacientes, mas vamos tentar entender o que podemos conseguir com cada tipo de implante.
Variando-se a forma, os implantes anatômicos foram desenvolvidos para tentar dar um contorno mais natural a mama, assim ele projeta mais a parte inferior da mama, aumentando o volume, mas dando pouco colo; os redondos, projetam a mama para frente como um todo, criando o colo, mas dando aquele aspecto redondo à mama; os de formato cônico tem a intenção de uma projeção extra no centro da mama, marcando menos os limites laterais da mama. Pensando-se no perfil, procura-se com isso, definir melhor os limites da mama (perfil baixo) ou projetá-la mais (perfil alto ou extra projeção).
O tipo de material que preenche o implante variou com o tempo, no início, era silicone líquido, mas com a possibilidade de rutura e migração de líquido de silicone, este foi trocado pelo gel coeso de silicone, material gelatinoso que não vaza do implante, mesmo que este seja cortado ao meio.
Já o tipo de superfície do implante vem se modificando com o tempo para de tentar reduzir a ocorrência de um problema que afeta a grande maioria das pacientes que possuem próteses de mama, por longa data, a Contratura Capsular. Esta é a redução do espaço criado para o posicionamento do
implante, por uma reação que é natural do corpo humano, a contratura cicatricial, acontece em quase todos as pacientes com próteses de mama após vinte anos de operadas, mas em algumas pode acontecer até o sexto mês após a cirurgia. Causa dor e alteração da forma da mama.
A superfície lisa tem um índice muito alto de contratura, então vem sendo abandonada pela grande maioria dos cirurgiões plásticos, a superfície de poliuretano só é produzida por um fabricante que garante a não ocorrência de contratura capsular nos primeiros dez anos, mas já existem casos de contratura descritos neste período e a de superfície texturizada, que apresenta índices baixos de contratura, mas mais altos que a de poliuretano.
Mas se o poliuretano apresenta o mais baixo índice de contratura capsular, por que ainda indicam a texturizada? As próteses de poliuretano são mais duras e um pouco mais difíceis de se colocar, podendo deixar as mamas avermelhadas por um tempo após a cirurgia, por isso e associado ao fato que a cobertura texturizada apresenta uma incidência realmente baixa de contratura faz com que a indicação de qual superfície será usada seja feita pela experiência do cirurgião.
Assim, o cirurgião indicará sempre a prótese que em sua visão trará a paciente, o que ela deseja, seja isto, uma mama mais natural, mais delimitada, com mais colo ou mais projetada, tentando sempre obter-se resultados, o mais harmoniosos possíveis, com a estrutura corporal de cada paciente.