Em pleno século XXI, onde a ciência nos proporciona subsídios para qualidade de vida ofertando tratamentos capazes de revitalizar o indivíduo de forma intrínseca e extrínseca, deixando assim de forma obscura, no segundo plano algo preocupante e alarmante para a sociedade: a saúde mental. Dentro desta a ansiedade de maneira abrupta já atinge uma grande parte da população infantil. Atualmente vivenciamos uma gama de estímulos que prometem auxílio para uma “visão de mundo” ampliada, no entanto esse acúmulo de estimulação tem gerado também malefícios em toda a população e o número de crianças e adolescentes que apresentam sintomas de diagnóstico de ansiedade vem aumentando consideravelmente com o passar dos anos.
A partir desse levantamento psicólogos do mundo inteiro vem estudando meios e formas para amenizar os danos causados por tal transtorno.
Segundo Caires e Shinohara (2010) a ansiedade é caracterizada por manifestações somáticas e fisiológicas como:
- falta de ar,
- taque cardíaca,
- tensão muscular;
- temores;
- sudorese;
- tonturas
- tristeza;
- “medo” em demasia e não justificado;
-preocupação incoerente com a faixa etária do indivíduo;
- culpa;
- baixa autoestima – sensação de não ter valor;
- desesperança – quando o indivíduo apresenta uma desvinculação com o processo do desenvolvimento, já que esse ínsita superações;
- alterações repentinas de humor.
E as manifestações psíquicas como inquietação interna, apreensão e desconforto mental.
Os prejuízos ocasionados em crianças e jovens são visualizadas facilmente, já que o impacto gerado atinge o funcionamento cotidiano, com consequências no desenvolvimento da aprendizagem, e na interrelação com o meio que está inserida, dificultando vínculos de afetividade e companheirismo mútuo.
Vale ressaltar que acontecimentos inesperados como separação dos pais, abordagem inadequado dos seus medos (quando os adultos reforçam tais anseios com o intuito de gerar obediência acabam favorecendo o aparecimento de tal fobia), o acúmulo de atividades diárias podem provocar no indivíduo medo do novo dia que se inicia, gerando uma ansiedade generalizada e acontecimentos como acidentes ou abusos afloram emoções tão fortes e devastadoras que permanecem com o passar do tempo, podendo originar uma perturbação de stress pós- traumático.
Dicas de como agir diante de tais visualizações (por mais sutis que possam aparentar)
O acolhimento é ainda o maior instrumento para auxiliar quem precisa;
Nunca indagar a criança ou adolescente com perguntas tipo: como foi seu dia? Como você está? O que você fez hoje?....
Ao invés destas citadas anteriormente, utilize uma linguagem que facilite o mesmo a relatar suas experiências sem que se sinta questionado. Exemplos:
Inicie a abordagem apontando algum acontecimento ou sobre um outro alguém.
- Filho, o João hoje foi a escola?
- Filho, a professora explicou sobre aquele conteúdo que ninguém entendeu?
Em caso de dúvida de como agir, o que fazer, como lidar com a situação procure um psicólogo.