O acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como AVC, é a 2ª maior causa de óbitos no mundo, estando relacionado a estenose das carótidas em cerca de 25% dos casos. A principal causa de estenose carotídea é a doença aterosclerótica, quando existe o acúmulo de placas formadas de gordura e cálcio nas paredes do ramo interno da carótida, dificultando a passagem do sangue para o cérebro.
Desta forma, os fatores de risco para estenose carotídea são os mesmos da doença aterosclerótica: história familiar de doenças vasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial, tabagismo e hipercolesterolemia.
Na sua fase inicial, a estenose carotídea não apresenta sintomas mas, com o avanço da doença, podem aparecer sintomas neurológicos na forma de episódios isquêmicos transitórios ou com sequelas definitivas. Dependendo da extensão da isquemia, o AVC pode mesmo ser fatal.
O diagnóstico de estenose carotídea é realizado através do exame de eco color Doppler. Trata-se de um exame simples, indolor, facilmente reprodutível e de baixo custo, que é capaz de diagnosticar a presença de placas de ateroma. O eco color Doppler quantifica o grau de obstrução promovido por estas placas e avalia suas características morfológicas, descrevendo seu conteúdo predominante e a presença de irregularidades na sua superfície.
Estes dados, aliados a história clínica do paciente, permitirão que o cirurgião vascular indique o melhor tratamento para cada caso. Na maioria dos casos, o tratamento é medicamento associado a avaliação periódica da evolução da placa através do exame de eco color Doppler. Entretanto, obstruções mais severas ou sintomáticas têm indicação cirúrgica, podendo-se realizar a cirurgia aberta (endarterectomia carotídea) ou o implante de “stent”, de acordo com as características de cada caso.