O que mudou e o que permanece na abdominoplastia

O que mudou e o que permanece na abdominoplastia
O que mudou e o que permanece na abdominoplastia

Cicatrizes umbilicais inaparentes e cicatriz abdominal que pode ser escondida em um biquíni de lacinho?

Acredito ser o grande avanço na abdominoplastia.
Afinal de contas o que mais impedia a maioria de se submeter a uma abdominoplastia era ficar com uma grande cicatriz abdominal muito alta, com formato de "sorriso" e adeus biquínis e além de ficar com cicatrizes umbilicais aparentes e redondas e adeus barriga de fora.
Agora não, há alguns longos 20 anos, nos plantões como cirurgiã geral já idealizava cicatrizes umbilicais que não estigmatizassem pacientes submetidos a abdominoplastia e que pudessem expor seu abdome com roupas de banhos e até mesmo sem vestimentas pudessem ficar orgulhosos da sua nova aparência. Foram vários formatos ao longo desses anos até chegar na técnica atual que permite que a cicatriz fique para dentro do umbigo, dificultando inclusive que apareçam mesmo que evoluam com hipertrofias ou queloides.
O mesmo ocorreu em um "insight" na praia no verão carioca. Minhas pacientes precisavam além de um umbigo com cicatriz inaparente, de uma cicatriz abdominal que pudesse ser escondida em um biquíni de lacinho, que não necessariamente precisasse ser nesse modelo, mas me reportava ao formato de triangulo supra púbico e que sobe nas laterais.
Não me refiro aqui aos homens porque normalmente usam trajes maiores mesmo os de banho, mais fáceis de esconder a cicatriz.
A atenção aqui fica por conta do posicionamento desta que é desenhada de forma mais reta.

E assim foram mais alguns anos baixando as cicatrizes, de uma forma segura que não comprometesse a vascularização até chegar no formato atual .
A lipoaspiração hoje a laser, veio complementar e dar o acabamento final. Com pacientes ficando menos edemaciados (inchados), com menos equimoses (roxos), e dor (a grande vilã da lipoaspiração). Nesse método ainda há um ganho, a retração da pele, que fica menos flácida dada pelo estimulo do colágeno pelo laser.
A cirurgia dura cerca de duas horas e meia sem lipoaspiração e o tempo de permanecia no hospital também encurtou, com quase todos os pacientes permanecendo internados por cerca de 24h.
O dreno em muitos casos ainda é necessário, principalmente nesses pacientes onde a lipoaspiração é associada pois a quantidade de liquido é mais volumosa.

Mais uma evolução dos últimos tempos foram os pontos de adesão, pontos que fixam a parede do abdome descolada ao músculo, vindo contribuir com menos formação de seromas ( líquidos).
O dreno permanece por cerca de uma semana.
O andar um pouco curvada de forma que não comprometa a cicatriz por 15 dias ainda é orientado .
Quanto a cicatriz a diferença é que cirurgias plásticas são suturadas plano a plano, normalmente ganham a melhor versão que aquele paciente pode cicatrizar e hoje há uma facilidade muito grande pelo fato dos fios serem absorvíveis, sem dores para retirada de pontos (não precisam ser retirados), somente os do umbigo e a facilidade no curativo com uso da cola cirúrgica permitindo o banho no pós operatório sem comprometimento da cicatriz, também foi um ganho.
Mantenho os mesmos cuidados realizados nas outras cirurgias: cremes manipulados e fitas de silicone que ajudam na cicatrização.

Enfim, se o medo da abdominoplastia era o umbigo e a extensa cicatriz abdominal, agora você pode desfrutar de novas técnicas, você fará sua cirurgia não só para ficar bem com roupas mas para frequentar praia e piscinas com trajes de banho orgulhosa (o) de você .

Texto escrito por:
Dra. Delane Cavalcante
Cirurgião Plástico
Rio de Janeiro / RJ

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