Segundo certames da Organização Mundial de Saúde entende-se que Saúde é o bem estar físico, mental e social.No Brasil, a especialidade médica de Cirurgia plástica foi reconhecida em 1948 com a fundação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), estabelecendo critérios de formação e fiscalização de nossa profissão.
Atualmente , sob a tutela da Associação Médica Brasileira (AMB) e Ministério da Educação (MEC) para se formar um Cirurgião Plástico, moral e legalmente capaz de exercer sua profissão, deve-se ao médico: graduar-se em Medicina em 6 anos, realizar residência de Cirurgia Geral em 2 anos, residência em Cirurgia Plástica em 3 anos, validar seus diplomas no Conselho Regional de Medicina e filiar-se à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica tendo sido aprovado em exame de suficiência (Prova de Título) para ser considerado um especialista na área. Desta maneira, em 11 anos, forma-se o Cirurgião Plástico brasileiro.
Sendo assim, para realizar os procedimentos concernantes à Cirurgia Plástica, o paciente deve procurar este profissional. A procura por outro profissional que se auto-intitula ou se aventura nos procedimentos desta especialidade, que não são específicos da sua área, médicos ou profissionais de outras áreas da saúde, não é recomendada.
Compra-se uma roupa pelo seu preço? Se cara, denota melhor qualidade e barata pior ? Ou compra-se a que nos vestiu melhor porque é feita com material de boa procedência, melhor acabamento e por profissional qualificado?
O paciente deve escolher o cirurgião plástico que melhor atenda às suas necessidades, que se atente ao conceito de saúde, seja técnico, porém humano, saiba seu limites e decida por procedimentos estabelecidos e respaldados pela literatura científica atualizada.Cabe a este profissional discutir prós e contras das cirurgias ou procedimentos com o paciente, conferindo a ele participar das escolhas que fará para seu corpo e sua mente.Deseja-se ainda, que este profissional não separe a estética da restauração, vertentes que caminham juntas e formam a práxis do cirurgião plástico.
Vislumbra-se que o médico escolheu sua profissão por vocação e a especialidade foi optada em determinado momento de sua carreira. Portanto, espera-se a sinceridade destes profissionais e a reflexão dos pacientes sobre os limites da profissão, atrelando as expectativas ao que é possível e saudável, com menor risco, frente a imagem corporal desejada por quem procura o Cirurgião Plástico. Acredite, prezado leitor, a auto-estima e a saúde vão muito além do que é puramente externo.
Dr. Ricardo Estefani – CRM-SP:130677. Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Mestre em Saúde e Envelhecimento. Doutorando pela Unesp-FMB, Docente do Curso de Medicina da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA) Médico Regulador SAMU - Marília. Graduando em Direito pela FEMA.