A abdominoplastia, também conhecida como dermolipectomia de abdômen, é uma cirurgia plástica realizada para retirar o excesso de pele, gordura localizada e recuperar a firmeza dos músculos da região abdominal. Esse procedimento também consegue remover as estrias localizadas na região, pois há a remoção
de pele.
Esse procedimento não pode ser considerado um tratamento à obesidade ou uma alternativa para substituir uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos. Candidatos à abdominoplastia devem ser saudáveis e relativamente em forma, tanto mulheres, quanto homens.
O cirurgião plástico Marcelo Moreira, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica-RJ, explica que em pacientes cuja musculatura da parede abdominal é muito fraca, a costura realizada durante a cirurgia pode ficar comprometida, uma vez que os músculos não são estabilizados tão facilmente.
“Mesmo com a musculatura fraca, a plicatura dos músculos reto abdominais fornece a correção da diástase e estabilização da parede abdominal. Musculatura fraca não contra indica o procedimento, pelo contrário, é mais um fator para se indicar”, esclarece o médico.
Em geral, a abdominoplastia é bastante requisitada por mulheres que tiveram múltiplas gestações, pessoas que geneticamente possuem acúmulo de gordura na região da barriga ou quem teve perda substancial de peso. O que esses pacientes têm em comum é o desenvolvimento de flacidez da pele, depósitos de gordura e estrias na região da barriga. Além da diástase dos músculos reto abdominais, principal indicação desta cirurgia.
Como é o procedimento?
O cirurgião plástico irá avaliar o abdômen do paciente, verificando a quantidade e a localização dos acúmulos de gordura, excesso de pele ou diástase dos músculos do abdômen.
Marcelo Moreira explica que, normalmente, a abdominoplastia requer duas incisões. “A primeira é horizontal na região logo acima dos pelos pubianos que se estende até próximo dos quadris, levemente curvada para cima. A extensão dessa incisão e a forma variam conforme a quantidade de pele a ser removida. É feita uma marcação em elipse, em que a primeira incisão se faz na parte inferior.De acordo com a elipse marcada é que se faz a retirada da pele”, ensina.
“Já a segunda incisão é feita na vertical, finalizando ao redor do umbigo, por onde os excessos de pele da parte superior do abdômen são separados das partes profundas. Aqui se faz um descolamento subcutâneo expondo os bordos da musculatura do reto abdominal. Nesse momento os músculos abdominais são suturados para que se tornem mais rígidos, o que irá proporcionar uma barriga mais plana e uma cintura mais definida. Essa pele em excesso é esticada para baixo para que seja removida e é feito um orifício para recolocar o umbigo em sua posição de origem”, completa.
O tempo de duração da abdominoplastia pode variar muito, mas a maioria dos procedimentos dura entre uma a três horas. O tempo varia conforme a extensão do tratamento, quantidade de tecido a ser removido e da associação ou não da lipoaspiração.
“Importante lembrar que cirurgias muito longas aumentam o risco de trombose”, alerta Marcelo. “Na recuperação a cicatriz é semelhante a da cesariana, além da cicatriz ao redor do umbigo. Além disso, exige um repouso maior, entre 15 a 20 dias. Algumas deformidades como hérnia umbilical, hérnia incisional ou cicatrizes previas dificultam esse tipo de cirurgia e às vezes o aspecto das cicatrizes não fica como o esperado”, finaliza.