Mesmo com o fácil acesso a informações do mundo moderno, os transtornos mentais continuam sendo menosprezados, tornando aqueles que sofrem com condições como a síndrome do pânico alvos de preconceito e vítimas de rótulos estereotipados, pessoas que muitas vezes são tidas como frágeis, que não conseguem suportar as aflições e dificuldades do seu cotidiano. No entanto, justificativas incoerentes e a falta ou a má informação a respeito da síndrome do pânico — uma das maiores síndromes psiquiátricas da atualidade —, fazem com que seja comum os pacientes protelarem em relação ao tratamento, extremamente necessário para a restauração da saúde mental.
A síndrome do pânico é uma condição caracterizada por crises de medo e pânico inesperadas, as quais surgem associadas a sintomas físicos e emocionais, como náuseas, sudorese, taquicardia, sensação de morte iminente e desespero incontrolável. Esse tipo de transtorno mental causa muito pânico e angústia, já que as pessoas que sofrem com a síndrome do pânico não têm o menor controle sobre os momentos de crise e quando elas se tornam recorrentes, passam a gerar inúmeras implicações no seu cotidiano. Dessa forma, o indivíduo passa a evitar diversas situações do seu dia a dia, com medo de que as crises sejam desencadeadas.
Não existe uma causa única para a síndrome do pânico. Ela tem origem na associação de diversos fatores, como predisposição genética, a maneira como cada indivíduo lida com o estresse ou reage a diferentes situações, além de estar associada a situações como falecimento ou adoecimento de um ente querido, mudanças bruscas no estilo de vida ou na rotina, episódios de estresse extremo, abuso sexual durante a infância ou após passar por uma experiência traumática, por exemplo.
Os sintomas da síndrome do pânico são comumente confundidos com os de um infarto, já que apresentam grande semelhança. Entretanto, a frequência com que os sinais se manifestam e o histórico emocional da pessoa podem nos ajudar a identificar o problema. Os principais sintomas da síndrome do pânico são: medo de morrer, tontura, sudorese, sensação de falta de ar, formigamento, sensação de estar em um sonho, taquicardia, medo de enlouquecer, agitação, tremores, desmaios, aflição, angústia, sentimento que algo muito grave está para ocorrer, medo de enlouquecer ou perder o controle.
O tratamento é multifatorial e quanto mais pilares estes contemplar, maiores serão as chances de sucesso. O tratamento medicamentoso consiste na associação do uso de medicamentos, como antidepressivos. A psicoterapia, pilar fundamental no tratamento, é muito importante para que o paciente aprenda a administrar seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, além de ser uma aprendizado que “fica” com o paciente. Se você vem apresentando os sintomas da síndrome do pânico, entre em contato e agende uma avaliação para que possamos analisar o seu caso.