A endometriose é uma doença inflamatória que afeta o endométrio, fazendo com que as suas células não sejam expelidas durante a menstruação, provocando sintomas como intensas cólicas menstruais, desconforto e dificuldades para engravidar. Além dos prejuízos descritos, a endometriose afeta a qualidade de vida da mulher, seu emocional, sua sexualidade, sua vida profissional, seus relacionamentos e também a possibilidade de uma futura concepção.
Em razão disso, a doença é considerada uma questão de saúde pública em diversos países, demandando assim que suas causas, sintomas e tratamentos sejam cada vez mais conhecidos. Entenda mais sobre a endometriose a seguir.
A endometriose é uma doença crônica, provocada pela migração do tecido que reveste a cavidade uterina, o endométrio, para outras partes do corpo, principalmente para o abdome, ovários, ligamentos uterinos, bexiga e intestino. As principais causas da doença ainda não foram totalmente esclarecidas pela ciência.
No entanto, diversos estudos apontam que pode haver uma relação genética, pois é comum encontrarmos mulheres de uma mesma família com esse problema em comum. A doença também pode estar associada a menstruação retrógrada, problema no qual a menstruação, em vez de descer pelo canal vaginal, retorna parcialmente pelas tubas uterinas, o que leva a migração de algumas partes do endométrio à pelve e aos órgãos próximos à região.
Os principais sintomas, aos quais você deve estar atento para identificar essa condição, são:
- Cólica menstrual intensa;
- Inchaço e dores abdominais;
- Dor durante as relações sexuais;
- Alterações no intestino durante a menstruação, como diarréia, intestino preso e sangramento anal;
- Alterações na bexiga e nas vias urinárias, como ardência ou sangramento na urina;
- Dificuldades para engravidar.
A média de idade na qual as mulheres são diagnosticadas com endometriose é, normalmente, de 32 anos, sendo que em 40% dos casos, as pacientes já estavam com a doença a mais ou menos cinco anos. Entretanto, a endometriose pode ocorrer desde a adolescência até a menopausa.
Em casos de suspeita da doença, seu diagnóstico pode ser realizado através do exame físico e confirmado por exames de imagem, entre outros exames laboratoriais. Os exames laboratoriais somados aos de imagem possibilitam visualizar as lesões no endométrio de forma minimamente invasiva.
A endometriose e a gravidez possuem uma relação delicada, sendo a doença uma das principais causas de infertilidade. Isso acontece porque, na doença, o tecido endometrial se espalha pela cavidade abdominal, podendo provocar obstruções e causar inflamações em diversos órgãos e tecidos do sistema reprodutor, impedindo que os óvulos consigam chegar às trompas, onde ocorre a fecundação.
Além disso, mulheres com endometriose e que conseguem engravidar possuem um risco elevado de passar por uma gravidez ectópica entre outras complicações durante a gestação.
O tratamento é estabelecido pelo ginecologista de acordo com os sintomas apresentados pela paciente e se a mesma possui planos de uma gravidez futura. A princípio, podemos indicar o uso de medicamentos para aliviar os sintomas, evitar sua recorrência e melhorar a qualidade de vida da paciente. Entretanto, pacientes com sintomas mais graves podem não se beneficiar do tratamento medicamentoso, o que pode fazer com que o ginecologista recomende o tratamento cirúrgico da doença.
Em casos onde a endometriose está em estágios avançados, a laparoscopia é uma das melhores opções de tratamento, pois consiste em uma técnica cirúrgica minimamente invasiva.
Após o tratamento e controle da doença, as chances de uma fecundação natural dependerão de uma série de fatores, como quais regiões foram acometidas, qualidade das trompas e a idade da mulher. Mulheres mais jovens possuem grandes chances de sucesso após o tratamento, enquanto mulheres acima dos 35 anos, possuem uma baixa probabilidade. Nesses casos, e dependendo dos fatores citados acima, a fertilização in vitro pode ser considerada.
A sintomatologia da endometriose está associada principalmente ao surgimento de dores pélvicas, dor durante o ato sexual, cólicas intensas no período menstrual e infertilidade. Sendo assim, caso você venha a notar algum dos sinais característicos da doença, entre em contato agende uma consulta para que possamos analisar o seu caso, dando início ao tratamento mais adequado o quanto antes.