A linguagem nos possibilita codificar pensamentos, ou seja, transformar nossas ideias e pensamentos em códigos sonoros (fala), gráficos (escrita), sinais (expressões faciais e gestos) de forma que nossos pares consigam nos entender e assim nos responder, ou seja, a linguagem permite nossa comunicação!
A linguagem possibilita que nossos posicionamentos sejam transmitidos para as outras pessoas. E a fala é uma das formas de linguagem!
Para nos comunicarmos falando é necessário que conheçamos os sons da língua (fonemas) e como eles podem ser organizados para formar palavras e frases. De forma que nosso ouvinte compreenda por meio dos sons que emitimos, o que dizemos e tenha um vislumbre do que pensamos.
Para que isso aconteça, nosso cérebro precisa organizar as informações importantes para a linguagem em uma rede de sinapses e neurônios que funcionam em conjunto e não de forma isolada. Portanto, uma mesma área cerebral pode estar envolvida em diversas funções de acordo com a tarefa a ser realizada. Hoje, sabemos que diferentes áreas cerebrais de linguagem são ativadas, inclusive, em comportamentos não linguísticos.
No início da vida, por exemplo, ao tentar imitar outro ser humano falando, o bebê precisa perceber corretamente os sons de fala e relacioná-los aos movimentos de boca e expressões faciais que são percebidos visualmente. Tudo isso deve ocorrer de forma absolutamente sincronizada para que o bebê possa iniciar seu treinamento dos movimentos articulatórios de fala, os quais são extremamente complexos. Para isso, as percepções auditivas e visuais são fundamentais.
Portanto, para que uma criança tenha movimentos de fala adequados, uma série de habilidades neurológicas são importantes além da capacidade motora de fala e embora cada criança apresente o seu próprio ritmo de desenvolvimento, estima-se que no primeiro ano de vida, todas as crianças já devem ser capazes de produzir suas primeiras palavras.
Como a linguagem está envolvida com uma ampla variedade de áreas cerebrais, alguns transtornos do neurodesenvolvimento, como o autismo, problemas sensórios motores, perdas auditivas entre outros distúrbios, podem repercutir em seu desenvolvimento.
Portanto, a fala e a linguagem devem ter a atenção dos pais e responsáveis pela criança, os quais devem buscar ajuda sempre que perceberem que há algum tipo de atraso ou alteração em seu desenvolvimento.
Caso você esteja notando algum sinal de atraso na linguagem do seu filho, entre em contato e agende uma avaliação para que possamos investigar as possíveis causas.
