O modelo de trabalho home office, impulsionado pela pandemia da COVID-19 e que foi mantido por inúmeras empresas, gerou uma tendência entre os trabalhadores que não estavam acostumados com essa prática: a improvisação de escritórios domésticos. A grande questão gerada por essa mudança é que, ao passar longos períodos sentado e de maneira inadequada, o trabalhador está sujeito a um maior risco de dores na coluna cervical, que podem até mesmo se tornar crônicas.
A dor cervical atinge até 30% da população ao longo da vida, com uma porcentagem de 12% desenvolvendo quadros crônicos. No home office, ao manter a cabeça inclinada para a frente, próximo à tela ou abaixada, o trabalhador força a contratura da musculatura, aumentando o risco de desenvolver uma dor cervical. Além disso, a dor causada outros prejuízos, como a falta de concentração no trabalho e baixo rendimento profissional.
Esse tipo de dor afeta a nuca, o pescoço e a lombar, podendo ou não irradiar principalmente para os braços e para as pernas. O pescoço é especialmente atingido quando o trabalhador mantém o seu olhar dirigido para baixo, em direção ao teclado ou ao monitor do computador, podendo gerar um quadro de cervicalgia. Por isso, é importante que o trabalhador ajuste o seu ambiente de trabalho às suas necessidades ergonômicas, a fim de amenizar os impactos causados à coluna pelo home office.
Porém, caso surjam sintomas como pinçamento, irradiação para braços com formigamento, perda de força ou dores que não melhoraram mesmo com os ajustes ergonômicos realizados, o trabalhador deve buscar ajuda médica especializada. A intervenção precoce impede que a dor cervical evolua para uma dor crônica, evitando que tratamentos mais complexos sejam necessários.
REFERÊNCIAS:
http://189.3.77.149/handle/123456789/535
https://www.sciendo.com/article/10.2478/aiht-2021-72-3559
https://www.rededorsaoluiz.com.br/noticias/artigo/dor-nas-costas-e-home-office