O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando há a diminuição total ou parcial do fluxo sanguíneo para o cérebro, prejudicando as funções neurológicas, provocando lesões celulares e a paralisia da região cerebral atingida. Como consequência das lesões provocadas pelo AVC, a dor pode surgir como um dos sintomas decorrentes das lesões nos tecidos.
Prevalência da dor crônica entre pacientes após um AVC
A dor como um dos sintomas em pacientes pós AVC surge de forma repentina, provocando uma preocupação adicional e que pode favorecer o desenvolvimento de outros problemas, como depressão, ansiedade e distúrbios do sono, impactando negativamente na qualidade de vida dos doentes.
Podemos classificar a dor como aguda ou crônica. A dor aguda é uma dor rápida, normalmente relacionada à estimulação nociceptiva produzida por uma lesão, podendo durar horas ou apenas minutos. Já a dor crônica é lenta, com duração mínima de três meses, podendo ser contínua ou recorrente e que gera incapacidade funcional.
Estima-se que um em cada dez pacientes que sofreram um AVC desenvolvem dores crônicas e debilitantes, tipicamente descritas como “queimação” ou “dor afiada”. O problema é denominado como síndrome de dor central após acidente vascular cerebral (CPSP).
Prevalência da CPSP entre pacientes após um AVC
A CPSP é um tipo de dor neuropática, decorrente de algum dano ou disfunção no sistema nervoso central. Geralmente, a CPSP surge dias após um acidente vascular cerebral. Os pacientes podem experimentar reações anormalmente dolorosas a certos estímulos (hiperalgesia) ou dor em resposta a toques leves (alodinia), sendo essa última sensação um sintoma prevalente entre dois terços dos pacientes com CPSP.
A CPSP é uma entre várias dores pós-derrame, que também incluem, dor musculoesquelética, dor de cabeça e dor relacionada ao movimento anormal do ombro.
Tratamento da dor crônica após um AVC
O tratamento da dor pós-derrame pode ser dividido em duas linhas de ação. A primeira linha consiste no tratamento medicamentoso para controle da dor crônica. Já o tratamento de segunda linha inclui opióides e anticonvulsivantes.
Quando os tratamentos medicamentosos não surtem o efeito desejado, a estimulação magnética transcraniana (TMS), uma terapia pouco invasiva, pode ser considerada. A TMS envia pulsos curtos de campos magnéticos para o córtex cerebral, promovendo o equilíbrio químico e a inibição neuronal.
A dor crônica após AVC é tratável, desde que o acompanhamento e o tratamento do paciente seja realizado por um médico especialista em dor. Se você sofreu um AVC e vem sentindo dores, na Clinidor você encontra especialistas capacitados e prontos para realizar o manejo e controle da sua dor. Entre em contato para maiores informações.
REFERÊNCIAS:
https://www.revistarebram.com/index.php/revistauniara/article/view/405
https://victorbarboza.com.br/dor-cronica-apos-avc/#:~:text=A%20CPSP%20%C3%A9%20uma%20forma,18%25%2C%20ap%C3%B3s%20seis%20meses.