O refluxo gastroesofágico é uma doença digestiva, caracterizada pelo retorno dos alimentos e dos ácidos presentes no estômago para o esôfago. Esse movimento acontece quando o esfíncter, que tem como função impedir que o ácido do estômago saia do interior do órgão, não funciona de maneira adequada.
A doença gera grandes incômodos aos pacientes que ela acomete, pois a mucosa que reveste o esôfago não está preparada para lidar com a acidez do estômago.
Os sintomas de refluxo podem surgir em minutos ou horas após ingestão de um alimento, sendo caracterizados principalmente por uma sensação de queimação e/ou de peso no estômago. Além desses, o refluxo pode causar os seguintes sintomas: azia, dores no peito, tosse seca, dificuldades para engolir, dor de garganta, infecções ou doenças pulmonares, entre outros.
Quando o refluxo é constante, pode provocar a esofagite, uma inflamação intensa na parede do esôfago, que se não for tratada da maneira correta, pode levar ao câncer.
A doença pode acometer pessoas de qualquer idade e, em alguns casos, desaparece espontaneamente. Porém, em casos de maior gravidade, apenas com o uso de medicamentos ou através de intervenções cirúrgicas o problema pode ser solucionado.
Normalmente, a doença surge devido às alterações anatômicas provocadas no esfíncter, que tem como função impedir o retorno dos alimentos do estômago. Entretanto, o uso de alguns medicamentos, a presença de uma hérnia de hiato ou a fragilidade dos músculos da região, também podem resultar no refluxo gastroesofágico.
Além disso, alguns fatores podem contribuir para a ocorrência do refluxo, como por exemplo:
O diagnóstico é realizado a partir da avaliação dos sintomas clínicos apresentados pelo paciente. Além disso, exames como endoscopia digestiva alta ou pHmetria podem ser indicados para confirmar o diagnóstico e verificar a gravidade do refluxo.
O tratamento pode ser realizado através do viés clínico ou cirúrgico. O tratamento clínico consiste no uso de medicamentos para diminuir a produção de ácido pelo estômago e neutralizar a acidez presente no órgão. Junto ao tratamento medicamentoso, o paciente é orientado a perder peso, evitar o consumo de alimentos ou bebidas que possam agravar o quadro, realizar a última refeição do dia até 3 horas antes de dormir, seguir uma dieta fracionada e praticar exercícios físicos regularmente.
Já o tratamento cirúrgico, pode ser realizado por meio de uma laparoscopia, sendo indicado para casos de hérnia de hiato, em casos onde o paciente não responde ao tratamento clínico da maneira adequada, ou quando é necessário confeccionar uma válvula antirrefluxo.
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