A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a obesidade como uma doença crônica, presente na Classificação Internacional de Doenças, sob o código CID E66. A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo e prejudicial de gordura no corpo, quase sempre provocado pelo consumo excessivo de calorias, excedendo o valor necessário para que o organismo realize a sua manutenção.
Obesidade: Quais são as causas?
O excesso de gordura corporal é resultado do desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as calorias queimadas. Os fatores que determinam este desequilíbrio são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e/ou comportamental.
Uma alimentação hipercalórica, com gorduras em excesso, carboidratos e álcool, aliada ao sedentarismo, levam ao acúmulo em excesso de massa gorda. Contudo, existem indivíduos com uma certa predisposição genética, que determina um maior acúmulo de gordura abdominal como resposta à ingestão de calorias em excesso e/ou à diminuição da atividade física.
Além disso, fatores como estresse, insônia, o uso prolongado de determinados medicamentos e problemas na glândula tireoide, também contribuem para o desenvolvimento da obesidade.
Obesidade: Como é realizado o diagnóstico?
De acordo com a OMS, uma pessoa pode ser considerada obesa quando o seu IMC é maior ou igual a 30 kg/m2, enquanto a faixa de peso ideal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m2. Quanto maior o IMC, maiores serão as chances do paciente desenvolver comorbidades como diabetes, problemas cardiovasculares, hipertensão arterial, depressão, entre outros problemas diretamente ligados à uma pior qualidade de vida e uma menor longevidade.
Indivíduos com IMC entre 25 e 29,9 kg/m2, podem ser considerados com sobrepeso e também correm o risco de apresentar prejuízos provenientes do excesso de gordura. O índice não é o único parâmetro utilizado para diagnosticar se o indivíduo apresenta ou não excesso de peso ou obesidade. Também existem outras formas de constatar o excesso de peso, como o cálculo da porcentagem de gordura ou ao medir a circunferência abdominal do paciente.
Obesidade: Quais são as possíveis complicações?
Obesos possuem um maior propensão de desenvolver doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes tipo 2, apneia do sono, problemas nas articulações, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, dificuldades respiratórias e pode estar associado ao surgimento de alguns tipos de câncer.
Além disso, o excesso de peso pode prejudicar ainda as relações pessoais e profissionais do indivíduo, já que pessoas obesas estão mais propensas a desenvolver quadros de depressão e ansiedade.
Obesidade: Como é realizado o tratamento?
A obesidade é provocada pela ingestão calórica superior ao que é gasto pelo organismo, logo, a primeira etapa do tratamento consiste na adoção de um estilo de vida saudável, com uma menor ingestão de calorias e a prática regular de atividades físicas. O tratamento também pode ser realizado através de duas outras abordagens:
Tratamento medicamentoso: Contribui de forma temporária no combate à obesidade, mas nunca pode ser a única via de tratamento, já que as substâncias presentes nos medicamentos atuam no cérebro e podem provocar reações graves adversas, sendo restrito em alguns casos.
Cirurgia bariátrica: A obesidade mórbida e as suas comorbidades, podem ser tratadas por meio da cirurgia de redução de estômago. A técnica cirúrgica escolhida dependerá do quadro de saúde do paciente, do grau de obesidade e das comorbidades relacionadas.
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